A CASA
(Felipe D’Castro)
Quero teus braços feito residência
Onde eu possa morrer todos os dias;
Onde eu possa deitar minha agonia
Na cerâmica fria da tua querência.
Quero explorar tua bela engenharia
Como um jovem faria no ardor da
ciência;
E aproveitar do céu toda fulgência
Que pelas tuas janelas se anuncia;
Quero acariciar o teu telhado
Sob os olhos do céu sempre estrelado
E da lua já cansada de me olhar...
Vou plantar minha língua em tua porta
Para ouvir da tua boca em resposta
Um sincero convite para entrar.
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